Ex-presidente Fernando Collor foi preso no aeroporto em Maceió antes de se entregar
25/04/2025
(Foto: Reprodução) Detenção aconteceu às 4h21 da manhã após o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes rejeitar os recursos de Collor contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão em um desdobramento da Lava Jato. Fernando Collor é preso em Alagoas após decisão de Moraes
O ex-presidente Fernando Collor foi preso na madrugada desta sexta-feira (25), às 4h21, no aeroporto de Maceió, capital de Alagoas, quando se preparava para embarcar com destino a Brasília. Ele iria se entregar às autoridades.
A detenção ocorreu horas após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, rejeitar os recursos apresentados pela defesa contra a condenação a 8 anos e 10 meses de prisão, em um desdobramento da operação Lava Jato. Segundo apurou a reportagem, Collor foi preso de forma discreta e sem alarde.
O ex-presidente está preso na Superintendência da Polícia Federal em Maceió. Collor foi condenado com trânsito em julgado, ou seja, a decisão se tornou definitiva e não cabe mais recurso.
LEIA MAIS:
Corrupção e lavagem de dinheiro: entenda processo que levou STF a determinar prisão de Collor
STF julga nesta sexta se mantém ordem de Moraes para prender Collor; entenda a decisão
Collor é o terceiro ex-presidente preso desde redemocratização; entenda
Fernando Collor preso: relembre a trajetória do ex-presidente
Na decisão, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que os recursos apresentados pela defesa de Fernando Collor tinham caráter "meramente protelatório" e, de forma individual, determinou que a pena de 8 anos e 10 meses de prisão fosse cumprida imediatamente.
A pedido do próprio Moraes, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, convocou uma sessão no plenário virtual da Corte para esta sexta-feira (25), das 11h às 23h59, a fim de que os ministros analisem a decisão. Enquanto isso, a ordem de prisão segue em vigor.
Condenação na Lava Jato
Além de Collor, os empresários Luis Pereira Duarte de Amorim e Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos foram condenados pelo recebimento do dinheiro.
A propina seria para viabilizar irregularmente contratos da BR Distribuidora com a UTC Engenharia para a construção de bases de distribuição de combustíveis.
A decisão de Moraes inclui a emissão do atestado de pena a cumprir pelo Juízo da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal, após a comunicação do cumprimento do mandado de prisão.