Governo e Congresso deixaram solução para a crise fiscal em aberto, avaliam especialistas

  • 09/06/2025
Após uma longa reunião entre governo e Congresso na noite deste domingo (8), a avaliação de especialistas em contas públicas é de que os dois lados deixaram totalmente em aberto soluções definitivas para a crise fiscal. Não houve nenhuma solução acertada entre ministros e a cúpula do Legislativo que realmente sinalize um equilíbrio de fato das contas públicas, com a volta dos superávits primários do governo federal. Na reunião deste domingo, só ficou definida a edição de uma medida provisória para substituir o decreto que elevou o IOF – que gerou resistência do mercado financeiro e do Legislativo. Governo vai editar MP para aumentar arrecadação e 'recalibrar' decreto do IOF, diz Haddad Proposta do governo contempla redução do IOF para empresas, no seguro de vida do VGBL e taxação de criptoativos Haddad se reúne com Motta, Alcolumbre e líderes para buscar alternativas do IOF A própria MP, porém, deve sofrer resistências no Congresso. O fim da isenção sobre letras de crédito imobiliário e agrícola vai prejudicar fontes de financiamento da construção civil e do agronegócio, dois setores com forte apoio no parlamento. Sobre o corte de benefícios e incentivos fiscais, ficou no ar: haverá um corte linear de 10% ou uma avaliação por setores? Essa medida, que deveria ter sido anunciada com apoio dos dois poderes, segue incerta. Haddad anuncia acordo para reduzir alíquotas de IOF Corte de gastos segue ignorado Faltaram, ainda, os tão aguardados cortes de gastos – que são responsabilidade tanto do governo federal como do Congresso. O presidente Lula resiste a mais cortes, além dos R$ 30 bilhões bloqueados e contingenciados em maio. Deputados e senadores fingiram que não ouviram quando Fernando Haddad destacou que o valor das emendas parlamentares, hoje de R$ 50 bilhões, é elevado e tende a aumentar. O Congresso poderia dar a sua contribuição e combinar um corte de 10% de suas emendas parlamentares, o que já contribuiria para ajustar as contas públicas. O Legislativo, no entanto, parece querer responsabilidade fiscal só com o bolso do governo federal. Resiste, porém, a esvaziar um pouquinho os seus bolsos com verbas para suas campanhas eleitorais. Ao final, a sensação é que o Congresso fez muito barulho, adotou a posição correta de barrar o aumento de imposto, mas não avançou em propostas concretas de corte de gastos. Nem ele, nem o governo Lula.

FONTE: https://g1.globo.com/politica/blog/valdo-cruz/post/2025/06/09/governo-e-congresso-deixaram-solucao-para-a-crise-fiscal-em-aberto-avaliam-especialistas.ghtml


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