Paquetá: conheça a pacata ilha na Baía de Guanabara que está no centro de denúncia do mercado de apostas contra jogador nascido lá
05/06/2024
(Foto: Reprodução) Ponto turístico e refúgio de cariocas em busca de clima de cidade do interior, ilha tem menos de 4 mil moradores e ruas de terra que, até pouco tempo atrás, tinham charretes como meio de transporte. Em 2018, Lucas Paquetá voltou com o repórter Raphael De Angeli ao campo onde deu os primeiros chutes, na Praia da Moreninha
Reprodução/TV Globo
Uma investigação de apostas suspeitas colocou uma pacata ilha do Rio no cenário mundial com menos de 4 mil habitantes: a Ilha de Paquetá.
Segundo reportagem do "The Sun", dezenas de moradores de lá apostaram que o jogador do West Ham e da seleção brasileira Lucas Paquetá levaria cartões amarelos – que ele depois recebeu. Por isso, ele pode ser severamente punido pela federação inglesa.
O nome da ilha que o meia formado no Flamengo carrega consigo não é coincidência. Lucas Tolentino Coelho de Lima nasceu em Paquetá, em 1997, e acabou levando o apelido mundo afora.
De acordo com apuração do ge, a acusação indica que apostas foram feitas por familiares, pessoas próximas e amigos de pessoas que têm relação estreita com o jogador (entenda o caso).
O brasileiro negou as acusações em postagem nas redes sociais. "Nego as acusações na íntegra e lutarei com toda as minhas forças para limpar meu nome".
'Óasis' na baía
Programa 'Expedição Rio' visitiou Paquetá: veja a reportagem
Se agora Lucas e sua Paquetá estão no centro de uma polêmica internacional, quando era adolescente a jovem promessa da base do Flamengo chegou a trabalhar como guia, exaltando a beleza e a história do local onde vive sua família.
Explicava aos turistas, por exemplo, onde ficava a Pedra da Moreninha e a Ilha de Brocoió – refúgio de governadores do Rio.
Pescadores na Ilha de Paquetá
Rafael Catarcione/Riotur
Foi na Praia da Moreninha que Paquetá deu seus primeiros chutes a gol, em um campo na areia.
"A gente ficava feliz quando vinha rede nova, porque quando chutava tinha que ir lá (longe) buscar", disse em reportagem do Esporte Espetacular, em 2018.
Ilha de Paquetá
Alexandre Macieira/Riotur
A ilha é uma espécie oásis de tranquilidade em meio à agitação do Centro do Rio. Um terço da população é de idosos, que optaram por uma vida mais pacata. O local é conhecido por eventos culturais e recebe até blocos de carnaval, com direito a barca lotada de foliões.
Barca Paquetá Rio para o Pérola da Guanabara, bloco que carnaval que lota a ilha
Alexandre Macieira / Riotur
Muita gente não sabe, mas Paquetá é um bairro e não uma cidade. Inicialmente, pertencia ao município de Magé, na Baixada Fluminense, mas foi incorporado ao Rio quando era capital federal, no século passado.
O clima é de cidade do interior. São cerca de 40 ruas de chão de terra batida, onde não passam carros. Há pouco tempo, as famosas charretes puxadas a cavalo foram substituídas, pela saúde dos animais, por carrinhos elétricos – como os usados em campos de golpe.
Ilha de Paquetá
Alexandre Macieira/Riotur
As bicicletas dominam as ruas, seja moradores ou turistas. E as caminhadas são parte do dia a dia dos habitantes. Em formato de um número 8, a Ilha de Paquetá tem só 1,2 km² e 8 km de perímetro.
Não se vê por lá prédios altos. Os imóveis têm no máximo dois andares.
Para se chegar lá, só pelas águas da Baía de Guanabara. As barcas são o principal meio de transporte.
Além da Pedra da Moreninha, Paquetá guarda encantos e recantos, como o Preventório, o Parque Darke de Matos, o Cemitério de Pássaros – o único da América Latina, só para enterrar os passarinhos de estimação.
Ilha de Paquetá
Rafael Catarcione/Riotur
Ilha de Paquetá
Rafael Catarcione/Riotur